Irã ameaça fechar Estreito de Ormuz; FMI alerta para impacto dos ataques americanos na economia global
Principais Conclusões
- O parlamento iraniano aprovou o fechamento do Estreito de Ormuz, aguardando decisão final.
- O FMI alerta que os ataques dos EUA ao Irã geram incerteza econômica global.
- Goldman Sachs prevê que o Brent pode atingir US$ 110 após o ataque no Irã.
- Bancos centrais asiáticos estão reduzindo a intervenção no mercado de câmbio.
- Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, com fluxo superior a US$ 80 bilhões.
Principais Notícias
Irã aprova fechamento do Estreito de Ormuz.
Em 2025-06-22, o parlamento iraniano aprovou o fechamento do Estreito de Ormuz, aguardando decisão do Conselho Supremo de Segurança Nacional. O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, solicitou à China que dissuada o Irã de fechar o estreito, crucial para o transporte de 20% do petróleo global, após ataques dos EUA a instalações nucleares iranianas.
FMI: Ataques dos EUA ao Irã geram incerteza.
Em 2025-06-23, Kristalina Georgieva, diretora-gerente do FMI, declarou que os ataques dos EUA ao Irã são uma fonte de incerteza, com o FMI monitorando o impacto nos prêmios de risco de petróleo e gás e potenciais interrupções no fornecimento de energia. O FMI já revisou para baixo as projeções de crescimento e divulgará novas projeções em julho.
Goldman Sachs prevê alta do petróleo após ataque no Irã.
Em 2025-06-23, o Goldman Sachs Group Inc. alertou que, após o ataque dos EUA ao Irã, o Brent pode subir brevemente para até US$ 110 o barril se o fluxo de petróleo pelo Estreito de Hormuz diminuir pela metade durante um mês e permanecer 10% menor por mais 11 meses.
Bancos centrais asiáticos reduzem intervenção cambial.
Em 2025-06-22, foi reportado que alguns dos maiores bancos centrais da Ásia emergente parecem estar reduzindo suas intervenções no mercado de câmbio, com Índia, Malásia e Taiwan diminuindo suas ações e a Coreia do Sul encerrando seu apoio ao won.
EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil.
Em 2025-06-22, foi divulgado que os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, com um fluxo de comércio que ultrapassou US$ 80 bilhões em 2024.
Brasil Econômico Hoje
Brasil: Gastos obrigatórios esgotarão investimentos a partir de 2029.
Em 2025-06-23, o governo brasileiro reconheceu no PLDO para 2026 que, a partir de 2029, os gastos obrigatórios consumirão a totalidade do orçamento, limitando investimentos e políticas públicas.
Indicadores Chave
Brasil e EUA: Dados econômicos em destaque.
No Brasil, em 2025-06-26, será divulgado o Relatório de Política Monetária do segundo trimestre e o IPCA-15 de junho. Em 2025-06-27, serão divulgados os dados do mercado de trabalho e as notas do setor externo e de crédito referentes a maio. Nos EUA, a última estimativa do PIB do primeiro trimestre e os dados de inflação estarão no radar, além dos discursos de Jerome Powell e a divulgação dos PMIs na Zona do Euro, EUA, Japão e Reino Unido.
Mercados Globais
Japão sinaliza corte na emissão de títulos de longo prazo.
Em 2025-06-23, o Japão sinalizou um grande corte na emissão de títulos de longo prazo antes do leilão, com os títulos do governo japonês caindo e o rendimento de 10 anos subindo para 1,415%.
Romênia forma governo para lidar com déficit orçamentário.
Em 2025-06-23, os principais partidos da Romênia assinaram um acordo para formar um novo governo, visando lidar com o maior déficit orçamentário da União Europeia.
EUA e Rússia reagem a ataques no Irã.
Em 2025-06-22, a embaixadora dos EUA na ONU, Dorothy Shea, defendeu os ataques ao Irã e alertou contra a escalada, enquanto o Ministério das Relações Exteriores da Rússia condenou os ataques, classificando-os como "irresponsáveis" e pedindo uma solução diplomática.
Negócios em Destaque
Ações da Amrize caem após cisão da Holcim.
Em 2025-06-23, as ações da Amrize Ltd caíram no início das negociações na Suíça após a cisão da Holcim Ltd, enquanto as ações da Holcim Ltd. subiram.
Política Financeira
Mercado prevê Selic estável em 15% por mais tempo.
Em 2025-06-22, o mercado financeiro antecipou o fim do ciclo de alta da Selic, após a reunião do Copom que elevou a taxa para 15%. Economistas, como Adauto Lima da Western Asset, sugerem que a taxa permanecerá em 15% por um período prolongado, com possível flexibilização no primeiro trimestre de 2026 ou em dezembro de 2025. A ata do Copom, que elevou a Selic para 15,00%, será divulgada em 2025-06-24.